domingo, 25 de novembro de 2012

O Campo da Psicossomática




Afinal qual o campo da psicossomática? O que diferencia as doenças físicas das doenças somáticas? 


Esta é uma dúvida comum quando se começa a pensar em somatização e trata-se de um pensamento natural embasado no raciocínio de que existem d
oenças que devem ser tratadas com remédios e outras com terapia.
Pensando desta forma deveria haver uma classificação das doenças entre puramente físicas e aquelas outras onde, tratando o emocional, a doença iria embora.
As tradicionais hipertensão essencial, algumas manifestações alérgicas, psoriase, asma, as fibromialgias entre outras seriam aquelas doenças onde o psicólogo especializado em psicossomática trabalharia enquanto em outras nada haveria de se fazer no viés psicológico.
Ocorre que esta linha de pensamento não corresponde à realidade.
O que acontece é que as emoções, a tensão, o estresse entre outras manifestações psíquicas interferem nas doenças em geral.
Muitas vezes tratar somente a manifestação fisiológica de uma doença não é o suficiente, pois algo da dinâmica emocional do sujeito continua atuando, trazendo de volta o sintoma.
Em outras palavras, o remédio reduz o sintoma e o emocional traz de volta ou ataca outro órgão.
A Psicossomática propõe que todo profissional em sua atuação esteja ciente que a psicodinâmica do sujeito é importante e que tenha condições de perceber em quais situações uma atuação focada no psiquismo é necessária.
Obviamente existem doenças no qual a mente é a mais importante variável a trabalhar e outras situações muito mais influenciadas pelo meio externo como uma epidemia de catapora na escola, por exemplo.
O mais importante é saber que no próprio desenvolvimento da pessoa, da mesma forma que se estabelecem as ligações neuronais, também se estabelece em cada pessoa uma dinâmica peculiar e uma tolerância definida às crises, pressões, etc e é esta tolerância que definirá se um sintoma psicológico resolve o excesso de tensão, se uma compulsão deve ser acionada (comer, trabalhar, fumar etc) ou se nenhum dos dois é suficiente e o corpo sofrerá a pressão sem que o emocional o proteja, gerando a doença física.
Em breve em outro texto diferenciaremos as doenças chamadas de crise e, na maioria das vezes reversíveis, das doenças de desorganização progressiva e na maioria das vezes mortais.

(Prado, A.F para Blog http://psicossomaticaararaquara.blogspot.com.br)

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