sábado, 19 de janeiro de 2013

A Humanização impulsionada pela Psicologia Hospitalar




Existem duas grandes preocupações na Gestão Hospitalar : Custos e Qualidade
A Qualidade que antes era representada pelos equipamentos e pela eficiência da equipe, agora ganhou um novo elemento que se tornou o grande diferencial para alegria dos usuários: a Humanização.
Diante de serviços muito padronizados, o que atrai a atenção dos cliente atualmente é a Atenção Humanizada que se tornou o grande desafio dos Gestores.
Como implantar este valor na cultura organizacional do hospital num ambiente onde a dor e o sofrimento são quotidianos e os procedimentos rígidos representam a maioria das relações entre pacientes e equipe?
A resposta em nosso entendimento passa pela Psicologia Hospitalar e isto merece uma pequena explicação.
O poder emocional destrutivo da doença Psicossomática se esconde por traz do sintoma físico e não gera demanda para terapia. Isto faz com que as tensões do paciente continuem prejudicando o tratamento medico.
São os momentos de crise que expõem a fragilidade psicológica do paciente que se abre um pouco para o contato com o psicólogo.
A presença do Psicólogo Hospitalar é uma oportunidade de alcançar o paciente, com esta demanda exposta, iniciando ali no leito o tratamento, ajudando na adesão ao tratamento médico e no restabelecimento.
O trabalho do Psicólogo tem a capacidade reduzir a tensão do paciente, da família e até mesmo da equipe, que conta com um professional de apoio. Esta presença traz uma percepção grande de humanização para todos.
Uma parcela dos pacientes continuarão a terapia após sua alta vivenciando mudanças positivas para o prognóstico de sua doença.
Muitos hospitais já estão investindo na Psicologia Hospitalar Ativa, como eu chamo esta conduta pró-ativa do psicólogo no leito e certamente se beneficiarão da melhoria de seus serviços e da vantagem competitiva do seu pioneirismo. Esta visão contrasta com a Psicologia Hospitalar passiva que se baseia na psicologia acionada unicamente via Interconsulta.
A Psicossomática nos mostra que não é somente a manifestação descontrolada da emoção que gera demanda para o Psicólogo, mas a repressão da emoção aparentando uma falsa tranquilidade também aumenta seu escoamento sobre o órgão de choque, prejudicando a recuperação, justificando desta forma a atuação proativa do psicólogo junto aos pacientes doentes no leito. 
Na prática, o paciente calmo e que demonstra uma aparente tranquilidade superficial e não atrapalha a equipe e consequentemente não seria acionado via interconsulta, muitas vezes é o mais carente de cuidados psicológicos na perspectiva psicossomática.
Psicossomática Psicanalítica certamente tem muito a contribuir com este cenário onde está presente a demanda do paciente somatizador, que contrasta com a demanda do paciente nervoso e pode ser ilustrada pelo texto Qual a Relação entre a doença Física e a parte Psicológica? 

(Prado, Alfeu F. para o Blog http://psicossomaticaararaquara.blogspot.com.br)



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