Existem duas grandes preocupações na
Gestão Hospitalar : Custos e Qualidade
A Qualidade que antes era representada
pelos equipamentos e pela eficiência da equipe, agora ganhou um novo elemento
que se tornou o grande diferencial para alegria dos usuários: a Humanização.
Diante de serviços muito padronizados, o
que atrai a atenção dos cliente atualmente é a Atenção Humanizada que se tornou
o grande desafio dos Gestores.
Como implantar este valor na cultura
organizacional do hospital num ambiente onde a dor e o sofrimento são
quotidianos e os procedimentos rígidos representam a maioria das relações entre
pacientes e equipe?
A resposta em nosso entendimento passa
pela Psicologia Hospitalar e isto merece uma pequena explicação.
O poder emocional destrutivo da doença
Psicossomática se esconde por traz do sintoma físico e não gera demanda para
terapia. Isto faz com que as tensões do paciente continuem prejudicando o
tratamento medico.
São os momentos de crise que expõem a
fragilidade psicológica do paciente que se abre um pouco para o contato com o
psicólogo.
A presença do Psicólogo Hospitalar é uma
oportunidade de alcançar o paciente, com esta demanda exposta, iniciando ali no
leito o tratamento, ajudando na adesão ao tratamento médico e no
restabelecimento.
O trabalho do Psicólogo tem a capacidade
reduzir a tensão do paciente, da família e até mesmo da equipe, que conta com
um professional de apoio. Esta presença traz uma percepção grande de
humanização para todos.
Uma parcela dos pacientes continuarão a
terapia após sua alta vivenciando mudanças positivas para o prognóstico de sua
doença.
Muitos hospitais já estão investindo na
Psicologia Hospitalar Ativa, como eu chamo esta conduta pró-ativa do psicólogo
no leito e certamente se beneficiarão da melhoria de seus serviços e da
vantagem competitiva do seu pioneirismo. Esta visão contrasta com a Psicologia
Hospitalar passiva que se baseia na psicologia acionada unicamente via
Interconsulta.
A Psicossomática nos mostra que não é
somente a manifestação descontrolada da emoção que gera demanda para o
Psicólogo, mas a repressão da emoção aparentando uma falsa tranquilidade também
aumenta seu escoamento sobre o órgão de choque, prejudicando a recuperação,
justificando desta forma a atuação proativa do psicólogo junto aos pacientes
doentes no leito.
Na prática, o paciente calmo e que
demonstra uma aparente tranquilidade superficial e não atrapalha a equipe e
consequentemente não seria acionado via interconsulta, muitas vezes é o mais
carente de cuidados psicológicos na perspectiva psicossomática.
A Psicossomática
Psicanalítica certamente tem muito a contribuir com este cenário onde está
presente a demanda do paciente somatizador, que contrasta com a demanda do
paciente nervoso e pode ser ilustrada pelo texto Qual a Relação
entre a doença Física e a parte Psicológica?
(Prado, Alfeu F. para o Blog http://psicossomaticaararaquara.blogspot.com.br)
(Prado, Alfeu F. para o Blog http://psicossomaticaararaquara.blogspot.com.br)